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O carnaval já passou, mas o evento me lembra uma reflexão sobre a situação da popularidade da música cristã.

Quando falo em popularidade, quero aqui deixar claro que ela pode ser positiva ou negativa, e é esse o questionamento que passo para os leitores.

Bom, desde o ano passado, principalmente a partir do período do carnaval, algumas bandas, digamos, do meio secular, vêm cantando músicas cristãs em seus shows e apresentações. A primeira vez que ouvi "entra na minha casa, entra na minha vida", de Régis Danese, na voz de um cantor de uma banda de axé baiana confesso que fiquei surpresa. Mas, surpresas como essa foram ficando mais frequentes e pessoas que, até então, acharam (no mínimo) estranha a atitude, passaram a ver isso com mais naturalidade.

Recentemente, em trabalho, pude comprovar que essas bandas usam algumas músicas cristãs como parte de seu repertório, sendo cantadas antes ou posterior a músicas com apelo sexual, imoral ou violento. E o pior, ou melhor, conseguem levar multidões a cantar em um só coro as músicas que falam de Deus.

É certo que os grupos cristãos vêm conseguindo mais espaço na mídia, e por consequencia o conhecimento em massa de suas composições de louvor e da palavra de Deus. Mas, até que ponto esse reconhecimento é bom ou ruim para o evangelho?

Quando vemos pessoas descrentes cantarolando músicas gospel temos fé que a palavra pode ser tocada e até mesmo provocar um processo de libertação, até porque a música tem esse poder. Por outro lado essa situação leva-nos a crer também que a música cristã pode está passando por um momento de banalização. Pois, no momento em que há mistura do santo e do profano falta o respeito e o temor outrora visto.

O assunto tem muito pano pra manga e merece ser discutido. E aí, qual a sua opinião sobre a música cristã na voz de cantores não-cristãos? Essa popularidade é realmente positiva do ponto de vista da evagelização ou é mais um modismo e falta de respeito ao Senhor?