A música cristã cai na graça das gravadoras seculares

Postado: segunda-feira, 22 de março de 2010 | Por : Emanoel Leonardo | Em: , , , , , ,

4



A música cristã achou graça aos olhos das gravadoras seculares. Hoje não são poucos os cantores cristãos que estão assinando contratos com empresas musicais como a Som Livre.

A Som Livre, que até há pouco só se dedicava a produtos de música secular (aquela que não tem essência religiosa) , conta há quase dois anos com um selo exclusivo para lançamentos gospel e católicos. A gravadora global já lançou quase 100 ítens do gênero.

Em seu catálogo, eles contam com CDs e DVDs de alguns dos campeões do gênero, entre os quais os grupos Rosa de Saron e a cantora Aline Barros e o Padre Fábio de Melo, além do Ministério do Louvor Diante do Trono.

O que faz uma gravadora secular explorar a música cristã? Tornar o evangelho mais propagado ou lucrar as custas do povo de Deus?

As gravadoras, que até pouco tempo não olhava com bons olhos as músicas cristãs, agora correm atrás dos cantores que mais fazem sucesso no meio gospel. Agora as gravadoras evangélicas como a MK e a Line Records têm que manter o padrão de publicidade de seus cantores para que outras gravadoras não os contrate prometendo grandes contratos e uma maior notoriedade no mundo cristão e secular.

Uma das razões para a ampliação do público gospel e católico é o fato de esses gêneros terem mergulhado em outras influências musicais como rock, soul, romantismo e MPB, o que tornou o estilo mais pop e mais assimilável pelo grande público.

Um bom exemplo é o grupo Oficina G3. Trata-se de uma das bandas de rock mais respeitadas do Brasil. Seu guitarrista Juninho Afram já foi capa inúmeras vezes de revistas seculares dedicadas ao instrumento.

Mas com a mudança desses cantores cristãos para gravadoras seculares, será que a música gospel se torna mais disponível as pessoas não cristãs ou faz com que ela seja banalizada por outros grupos musicais seculares? o que vemos hoje é que as músicas cristãs estão sendo tocadas por todos e em todos os lugares possíveis, bares, novelas e até carnavais.

Para você essas gravadoras seculares ajudam a propagar a música gospel ou só querem lucrar através dos cristão?

4 comentários to A música cristã cai na graça das gravadoras seculares

Não há um pingo de dúvida que isso ocorra visando o lucro..eles são uma empresa e devem ter esse pensamento..agora se isso é bom ou não, já é outra história..talvs seja bom para o "artista" (artista é triste, né?), pois ele tbm vai lucrar bem mais..o fato é que o número de evangélicos tem crescido bastante e as gravadoras entenderam esse vasto mercado..
seria legal a galera começar a pensar industrializar o que vendem em certas igrejas..daria muita grana..xD

Pois é...o fato é que a música gospel (cristã) agora é pop. Caiu no gosto do povo e o povo compra e a industria quer vender. Nada mais oportuno para as gravadoras: agradar mais gente e lucrar com isso.
Sem dúvidas, o interesse não divulgar o evangelho...O que nao deixa de ser um fator cuidadoso para os cantores e grupos evangélicas, que ao assinarem contrato com esse tipo de empresa estão sujeitos a se comportarem como artistas comuns.

Gravadoras sempre buscam lucros, claro, seja "secular" ou "gospel". A discussão de artistas cristãos se envolverem com essas gravadoras é bem parecida com aquela sobre se envolver com política. Na qual, geralmente, apontamos a discussão para o que é menos importante: se eles vão se "corromper" ou não. Uma discussão frágil, pq a gente acaba falando de tudo, menos de Cristianismo, sociedade e, no caso das gravadoras, de arte.

Pelo profissionalismo técnico, seria ótimo um envolvimento com essas gravadoras "seculares", mas a qualidade musical vai lá pra pro subsolo. E a desculpa pra isso é essa tal "propagação do evangelho" sob a o argumento de defesa "não toque no ungido do Senhor".

Como diria um velho amigo blogueiro: os músicos de igreja deveriam ir menos ao monte e estudar mais seu instrumento ou ler mais pra poder fazer letras melhores.

Ah, alguém me explica porque o monte é mais santo que o sofá de casa?

Ah, por isso eu louvo a Deus escutando "Feels So Good" de Chuck Mangione. Ei, Deus é arte pura!

Quase um ano depois...quero dizer que adorei o comentário do Yuri Padilha!!! rsrs